quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Para refletir...

Eu estava lendo o blog da prima do meu marido, a Fabi (blog "aprendendo a ser mãe"), e me deparei com um post interessantíssimo. Eu já havia refletido sobre o que a Fabi disse, e ela conseguiu colocar em palavras toda a minha opinião a respeito do assunto "mãe moderna". Deixarei aqui suas palavras para reflexão... Beijos.

"E lá vai ela, linda e bela, para mais um dia de trabalho, batom nos lábios, corpo esbelto, roupa impecável. Cadê as olheiras de uma noite mal dormida de mãe, os quilinhos a mais do pós parto ou a troca de roupa inesperada devido aquele “regurgito” depois da primeira mamada???

No escritório, uma foto pequena do filhote em meio a livros e misturando-se a diplomas, talvez aquele retrato seja apenas mais um diploma mesmo, conquista seqüencial na vida de qualquer mulher. A noite um jantar, um belo jantar, sempre à dois, nunca à três, afinal de que forma namorar seus amores com aquele “serzinho” pedindo colo o tempo todo. A babá fica sim mais 5 minutinhos para a “saideira” e quem sabe a noite inteira para tirar aquele atraso...

Esse é o novo retrato de mãe que a mídia nos faz engolir e aplaudir, difícil não prestar atenção na personagem da Camila Pitanga na novela das 21h. Uma mãe descolada, linda e totalmente desinteressada da maternidade.

Bonito é ser moderna, e o pior de tudo isso é que muitas mulheres compram a maternidade da mídia, iludem-se com o que lhes é mostrado diariamente e vão em frente, engravidam e decepcionam-se em seguida quando ouvem aquele chorinho no meio da madrugada, sentem-se lesadas pela liberdade que lhes é roubada e a beleza que é defasada com a chegada de um filho. Sentem-se em um caminho sem volta e refugiam-se atrás da tal “figura de mãe moderna”, como se fosse possível terceirizar o amor de mãe, tão insubstituível.

Talvez se mídia expusesse a verdadeira face da maternidade, com todos seus espinhos, suas abstinências e suas dores, haveriam menos “órfãos de amor” espalhados pelo mundo, órfãos de mães que se enganaram com a maternidade e desistiram do seu papel diante da primeira dificuldade, porque sim, maternidade rima com dificuldade.

Portanto se você não é mãe ainda, não se deixe influenciar por personagens que não existem na vida real, ser mãe não deve ser apenas um desejo, um capricho, uma cobrança da sociedade, ser mãe é um chamado que não pode ser ignorado, sua vida será partilhada, seus desejos e sonhos deverão à partir da concepção ser um “tantinho” encolhidos para dar espaço as necessidade daquele ser tão especial que lhe foi enviado."

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